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3.1.06

Acefalia Uerniana e o Morcego Augustiano

Quarta-feira, ao ENCOPE me recolho.
“Meu Deus! E tantos votos contra em Pau dos Ferros, como pode?”
Surpreende-se um candidato a vice-reitor: “E vocês novatos, já decidiram seu voto?”.
A bruta ardência orgânica do desespero fecha os pau ferrenses numa sala e começa a discursar. Morde-nos a goela, ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...”, diz.
(além daquelas da atual administração).

O propenso candidato pega de um pau, esforços faz, chega a nos agredir indiretamente
Nos chama de acéfalos
Minh´alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio discurso?
Diz que a luta de classes acabou, que não existe mais o proletariado.

Pois é candidato, a nossa consciência é como um morcego,
Por mais desesperado que você esteja, ela existe
E não precisamos ir muito longe, ou estarmos a muito tempo na UERN
Basta lermos aos domingos a coluna do candidato a Reitor
Ou prestarmos um pouco de atenção no seu discurso

Ou verificarmos as práticas da atual administração
Que fecha o nariz para conceder direitos, como a DE, para os professores
Que obriga os professores a trabalhar em Núcleos para interesses não bem esclarecidos
Que não trata a universidade como espaço democrático

Para o Vice, o Fim da História foi anunciado,
Para nós um Novo Tempo se aproxima
E não com discursos de que o cargo de Reitor
Assemelha-se com o de Secretário de Estado subserviente (sic)

E não com discursos que a Universidade é o local privilegiado do mérito pessoal
Positivismos a parte (pensamento único, também), a Universidade é do Povo
Assim como o céu é do Condor
Assim como precisamos construir a UERN sob novas bases, populares

A Consciência Humana, senhor candidato a Vice, é esse morcego!
Por mais que agente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto.
Por mais que você não queira!
“Amanhã vai ser outro dia”

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