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14.5.07

AS PORTAS

Quando abro as portas da solidão
Vejo que os sonhos continuam enterrados
E já não encontro mais quais eram os sonhos que sonhei
Tudo em vão?

Tua boca perfeita, teu sorriso branco
Igual lua prateada
Confunde os dedos dos meus pés

Deixa-me tonto, arrepiado
Amordaçado,
Sem conseguir fechar os olhos

Nesse filme, não sei mais o que é ficção
Ou obra lendária que insiste em me consumir

O garoto ao lado rosna, fede, pede uma esmola
Será que esqueci dos meninos famintos?
Será que minha força se foi com o meu desejo de não ficar tão só?

Tua camisa molhada, mostrando teu corpo
Desejo cego e solitário
Desejo que some por meses
E aparece como vulcão que me consome

Espero que a chuva caía e traga novos frutos
E a tinta fresca dos bancos seque antes do pôr-do-sol
Antes de dormir feche as portas
Pois a meia noite te encontro
Lugar-distante, vou te dizer
Bem longe e caminho sem volta
Caminho perdido – na esperança de te encontrar

2 comentários:

Manoel Gomes disse...

passei por aqui...

Jonas Dí Bem disse...

humildimente estou lhe enviando um comentário que deveria ser um livro, tá bom sei que estou exagenrando, mas ñ conhecia esse seu lado, parabens que continue com esse como vc mesmo diz Rascunhos que um dia possam ser grandes hinos ou grandes poesias para completar a cultura brasileira que temos a desenvolver durante este século XXI....