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13.5.07

Cidade Estranha

Ando solto pela cidade, em busca de alguma esquina
Mas, não quero encontrar o garoto taciturno
Que deixei abandonado em invernos passados

Um buraco, um solavanco
Tropeço em pernas tortas

E agora, na idade de Cristo
Sou um adolescente vagando em cidade estranha
A procura de uma fuga
E já sentindo a saudade do futuro incerto

Alquebrado me redimo
A resignação é maior que qualquer rua desconhecida
Cidade Estranha, não me encontro

E os amigos partiram - na busca incessante de estar vivo

Ligo a TV, escuto sons nefastos
Na rádio, músicas que não interessam
Plugado: sítios, paragens - reflexos do dia de ontem

Desconectado das baladas noturnas
Apenas o sono é companheiro fiel

Entre os erros, as esquinas e os becos
Ficam as feridas mal curadas
A Cidade Estranha irá me dizer

Quanto tempo mais?

Um comentário:

Manoel Gomes disse...

e por aqui...