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9.7.14

Assalto em Alagoas

No dia 08 de junho de 2014 estava fazendo uma viagem de carro de Sergipe para a Paraíba. Em Alagoas fui parado pela Polícia Militar, numa daquelas fiscalizações corriqueiras.

Parei o carro, apresentei os documentos e aguardei o policial sem sair do veículo. Como de praxe o PM foi conferir os documentos com a placa traseira, retornou e me fez o convite para descer.

Este carro já sofreu alguma batida traseira? Perguntou. Sim, por duas vezes, respondi. Pois o lacre está rompido, asseverou. Apontei para o lacre branco da placa, intacto. O PM colocou a mão na parte interna da placa e pediu para que eu fizesse o mesmo. Está rompido aqui na parte traseira, vou ter que apreender seu documento e você terá cinco dias para retirá-lo em Maceió. Mas vamos ali conversar com o Coronel (?).

Qual a sua profissão? (fico imaginando o interesse na pergunta). Ainda não multei o senhor, saia do sol, venha pra cá. (Silêncio). O senhor quer me dizer alguma coisa? Não, respondi. (Silêncio). Fique à vontade senhor. (Silêncio). Olhe, o talão de multas está na pasta aqui na viatura, eu ainda não multei o senhor, fique à vontade. (Silêncio).

Fui em direção ao carro ver meu filho que dormia e suava bastante devido o calor das 15h. Fui chamado de volta. Constrangido e com o princípio peremptório de não macular essa ação sinistra, continuei em silêncio. (Mais silêncio).

O senhor quer me dizer alguma coisa? (Silêncio). Tudo bem senhor, aqui estão os seus documentos.

Dei as costas e ouvi o derradeiro recado em tom sarcástico: a multa vai chegar na sua residência.

Hoje, 09 de julho, recebo a notificação da "infração": conduzir o veículo com o lacre de identificação violado/falsificado. Classificação Gravíssima. 7 pontos.

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