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26.11.13

Parahyba

Neste verão quero tomar um banho de Parahyba
Às margens do Rio Sanhauá
Ver o Porto do Capim
Do frontispício do Hotel Globo
E tomar uma Dore guaraná

Quero andar solto pelo Ponto Cem Réis
Visitar a Oca de Piá
Pichar os muros da assembleia
Gritar o nome dos corruptos em altos decibéis

Lá em Reginaldo vou ler jornal
Ouvir a Boca Maldita
Visitar Augusto, Caixa D'água, Livardo Alves
Ver o sol dormir no Beco do Malagrida

Vou seguir as recomendações de meu Avô
Pisar macio no tapete amarelo dos Ipês
E não esquecer de apreciar a arquitetura das antigas casas
Do tempo que passou

Para não perder o costume
Vou chorar às margens do Cabo Branco
Ouvir a sinfonia marítima
Jogar vôlei nas areias finas
Trazer a lume
A alegria de brincar com meu filho

Vou me deleitar na maré zero zero
Ver os corais do Bessa
Visitar os canyons de Coqueirinhos
Os antepassados da Arapuca
E andar por Tambaba sem essa

Nada me impedirá de respirar
O ar dos teus jardins
De enxergar a cor das tuas orquídeas
Da Bica à Ponta dos Seixas
Da barreira destruída para outros fins

Vou participar de todas as manifestações
Pintar de verde-branco forte
Todas as lamentações varonis
Ajudar a escrever teu verdadeiro nome em letras garrafais:
Parahyba do Norte

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