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25.11.13

Oco

Cidades vazias
Não preenchem o meu oco
Plêiades artificiais
De uma urbe tosca
Regam o chão com uréia
[destilada]

Cidades [deliberadamente] vazias
Tocam sinfonias bêbadas
No pior destilo musical

Cidades vazias
São como casamentos por conveniência
Heranças malditas herdadas do sangue público

O povo sangra
Assina papéis com o polegar
Solta fogos em comemoração

Cidades esvaziadas
Por larápios com crachá e diploma na assembleia
Reduto de gatunos profissionais

Povo esvaziado
13 milhões de analfabetos
Catam lixo
Enchem urnas

Entrementes
Troçam os diplomados
Responsáveis fiéis pela cidade vazia

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