Seguro na mão do tempo
Para que ele não siga
Alado levado pelo vento
Seguro na mão do tempo
Com o desejo de procrastinar
A imensidão retumbante
Dos deliciosos momentos
Seguro na mão do tempo
Atrasando os segundos
Avançando os prazeres
Retendo os rompantes
Tão escassos de torpor
Amarro o tempo
Com cordões retorcidos
Com nós inadiáveis
Com toda força das
amarras
Solto o tempo
Quando ele está incompreensível
Quando ele me afoga nas verdades
Quando ele cospe a cruel realidade
Solto o tempo
Nas ladeiras da vaidade
Guiado por carrinhos
De rolimã da tenra idade
Solto o tempo
Nas noites soturnas
De solidão apagada
Do teu cheiro distante
No clarão da madrugada
Mas o tempo de cara amarrada
De muxoxo febril
Não se deixa segurar
Mas o tempo de forte caráter
De decisões finalistas
Não se deixa soltar
Um comentário:
Parabéns... perfeitos pensamentos e sensações!
Tempo...
Tempo amigo de sempre...
"falta um tanto ainda
Eu sei..."
Abraços
força sempre!
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