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6.2.10

Fevereiro

Fevereiro, sem eiro nem beiro
Mês que você escreveu poemeiros
Mês do choreiro
Do açougueiro
Mês de pagar iptueiro
Nessa cidade cheia de bueiros

Fevereiro, carnavaleiros
Invadem os canavieiros
Entopem os ladeiros
Encharcam o látex
De espermeiros

Fevereiro, mês dos apaixoneiros
Da nova vida, dos bonequeiros
Meseiro de vinte e oiteiro
Sem eiro, nem beiro

Fevereiro, chama o roupeiro
Arruma o caseiro,
Deixa-me em pazeiro

Fevereiro, faz o listeiro
Dos vindouros sonheiros

Fevereiro, eiro

2 comentários:

Manoel Gomes disse...

Estive aqui, mas nuncas devolves os "meus/seus"comentários,por isso nunca sei se tomou conhecimento, se leu, se nem ligou...li todos, gostei demais dos FEVEREIROS...aquela coisa de VÔ...Do que colocastes sobre o velho e o Mar, "obrigando-me" a lê-lo. gosto da sua escrita "raivosa", poética, lírica...é bom saber que você e sua sensibilidade estão por perto...saudades, até, das nossas "brigas", meu irmão!!

Lauro Xavier Neto disse...

Mano, desculpe-me, sou meio desligado em responder os comentários mesmo - acho estranho responder no próprio blog... li todos os comentários e agradeço por essas sinapses que você provoca!!! Saudades demais dos nossos confrontos, dos nossos encontros, da nossa amizade sincera!!! Estamos por perto, ManoAmigo!!!!