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25.9.16

Poema morto

Escrever (tentativas) poéticas
É como mergulhar num pântano
artificial

Não corto os pulsos como o Veríssimo
Mas desejo, caro leitor
que você imagine que o autor morreu

Atolou-se nesse lodo poético movediço
Morreu sem ar
sem luz
sem isso

Morto, caro leitor
Não posso responder sobre o que escrevi
sobre quem escrevi
ou como estou me sentindo

Morri com o poema
Morri com as tentativas
Agora ele fede
Está em decomposição

Cabe a você, caro leitor
usar a imaginação
E quem sabe mantê-lo dessepulto

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