Páginas

31.1.11

Abri-dor (I)

Engulo tuas palavras indigestas
Respiro tuas letras mortas
Enterradas em papel de cetim
Não chá de boldo
Que cure essa azia de ler teus
Manifestos
Não há formas comestíveis
Para tuas teses horrendas

A vida pregou peças
Embustes e enlatados
E agora não consigo
Encontrar o abri-dor
Das latas encasteladas
Das nossas quimeras
Queimadas em panelas finas
Mal passadas

Nenhum comentário: