11 de setembro marca o dia em que um homem não abriu mão de suas convicções, não traiu seu povo e, independente do preço a ser pago, mostrou-se coerente até o último minuto.
O Comitê 40 é a marca da ave de rapina, traiçoeira e nefasta, símbolo daqueles que transformaram sonhos coletivos e desejos de mudança em discurso fácil, em agressão aos que pensam e tentaram matar a democracia.
O Comitê 40 de maneira sub-reptícia tramou, na surdina, a ocupação do Palácio a todo custo com alianças escrotas e violência velada, dissimulada e, a posteriori, franca e aberta.
Muitos sonhos e desejos foram aplacados, adormecidos, transferidos para outras gerações que não devem esquecer esta história. O desejo da transformação radical e a derrocada deste sistema imundo e cruel continuam na ordem do dia. Apesar da bancarrota de alguns ditos aliados e da ação covarde (ou vaidosa) de alguns desertores, muitos continuam entrincheirados, defendendo o coletivo que continua sonhando e construindo um outro mundo.
Apesar da coincidência, refiro-me ao 11 de setembro de 1973 e ao Comitê 40, órgão criado pelos EUA “para exercer controle político sobre as ações encobertas no exterior” (Verdugo, Chile 1973, Como os EUA derrubaram Allende, Ed. Revan, 2003).
Infelizmente outro 11 de setembro é mais lembrado, e outro Comitê 40 esfacelou-se por aí.
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