Chegamos em Barra de Mamanguape sem saber se encontraríamos local para dormir. Felizmente uma senhora alugava um chalé por R$ 20,00 e tomamos o primeiro banho do dia. Achamos um restaurante e Dona Aparecida nos recebeu. Zé pediu para cozinhar o inhame e o jirimum e a gentil senhora ainda complementou com arroz, feijão e uma salada. Dona Aparecida, muito simpática, falou sobre sua vida. Como nordestina seguiu para o Rio com 17 anos deixando sua filha com parentes. Lá trabalhou, deu duro e voltou alguns anos depois para cuidar da mãe. Disse que em Barra de Mamanguape as pessoas vivem da pesca ou da "prefeitura" e que a cidade não oferece muitas possibilidades, além de não acreditar mais nos políticos que "são todos iguais". No outro dia pela manhã tomamos café com ela. Arlindo perguntou se não haveria uma tapioca e Dona Aparecida, na sua calma e descanso, respondeu: - ah! se tivesse eu também queria!!!!
"Salto no escuro de meter medo nos olhos
De meter medo a quem medo nunca sentiu
Tentar a sorte no Rio de Janeiro
São Paulo, no mundo aceito o desafio..."
Hino Nordestino - Moraes
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