a Unidade Acadêmica, na qual faço parte, fez uma reunião ordinária na
qual não constava a apreciação do meu pedido de afastamento. As aulas do
doutorado começaram dia 05 de setembro. De 17 maio até o momento
(setembro) estive envolvido com o movimento grevista, lutando por
melhorias nas condições da universidade pública. A princípio deixei de
realizar um grande sonho, que é cursar o doutorado numa universidade
cubana. Estou me sentimento prejudicado por isso? Afirmo de maneira
peremptória: NÃO. Meus sentimentos não comungam com essa coisa alastrada
e disseminada por esse sistema capitalista que é o egoísmo, o
imediatismo, a falta de coletividade. Prefiro estar na luta pelo
coletivo do que me sentir prejudicado. A luta é mais ampla, vinculada a
um futuro de uma nação e não apenas as minhas questões individuais.
Também fiz questão de não protocolar o pedido de mudança de nível de
Asssistente II para Assistente III por uma questão de coerência
política. Poderia ter feito em julho e assim receber um pouco mais nos
meus proventos, mas estamos em greve e não seria uma atitude coerente
fazê-lo.
Seguimos na luta, mesmo sabendo que esta luta está carregada de contradições, de momentos de avanço e recuo. Não houve tempo perdido, não perdi nada. Ganhei muito, aprendi muito com os estudantes que estavam nas manifestações, nas caravanas à Brasília, na ocupação da Reitoria da UFPB. Aprendi muito com os lutadores e lutadoras que abdicaram de suas famílias e tarefas acadêmicas para estarem nos Comandos de Greve, nos atos, na construção da pauta coletiva em defesa da universidade pública e contra esse Governo que vai alocar, pelo menos, 600 bilhões para o refinamento da dívida pública em detrimento às melhorias da educação e saúde tão necessárias.
Seguimos na luta, mesmo sabendo que esta luta está carregada de contradições, de momentos de avanço e recuo. Não houve tempo perdido, não perdi nada. Ganhei muito, aprendi muito com os estudantes que estavam nas manifestações, nas caravanas à Brasília, na ocupação da Reitoria da UFPB. Aprendi muito com os lutadores e lutadoras que abdicaram de suas famílias e tarefas acadêmicas para estarem nos Comandos de Greve, nos atos, na construção da pauta coletiva em defesa da universidade pública e contra esse Governo que vai alocar, pelo menos, 600 bilhões para o refinamento da dívida pública em detrimento às melhorias da educação e saúde tão necessárias.
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