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1.8.12

31 de julho

E hoje 31 de um mês que não termina
Enquanto esgostados estão os trocados
Desde o décimo quinto dia

No café da manhã restam os furos
do queijo coalho
No almoço as penas do frango morto
deixam podre o assoalho
No jantar a sopa engordurada
Do político proselitista

E algo me diz que mais uma noite
será sem nada

Mas tudo estaria bem se eu fosse candidato
Pelo partido purista
Não me faltariam jetons
Sexo casual
E beijos apaixonados cheios de batons

4 comentários:

Manoel Gomes disse...

Fascinante! Seria uma guinada Saramaguiana?

Lauro Xavier Neto disse...

Mano, sem palavras - apenas saudades!

Lauro Xavier Neto disse...

Mano, sem palavras - apenas saudades!

Lauro Xavier Neto disse...

Mano, sem palavras - apenas saudades!