Sirvo meu corpo ao banquete do escárnio
Das feridas abertas, purulentas e não cicatrizadas
Servem de alimento macabro aos donos do poder
Hoje brindam minha morte, seu deleite
Colam meu corpo, um copo de leite
Derramado entre frangalhos escrotos
Desumanos seres, sedentos de poder
Usam o chicote, a pressão
Querem me deixar em trajes rotos
Mas não desejo vil metal
Não desejo morrer por asfixia
Letal
Não desejo torna-me abjeto
Muito menos ab-rogar meu sonho predileto
Sinto cheiro da arrogância
Do arroto maroto
Da sutileza e da ganância
Dos mercenários de plantão
Sinto que é hora, mais uma vez
de começar do zero
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