Não quero me sentir anestesiado
Pelos cânticos, pelos florais
Pela palavra terapêutica
Não quero gotas de orvalho
Para aplacar minha indignação
Quero vozes ativas
Ver o suor dos corpos
Agitando esse silêncio ímpio
Quero poder contagiar
Contaminar meio mundo
Com o vírus da indignação
Em todas as paragens
Todas as pastagens
Todo gado marcado
Vítimas da sublevação
Todo povo longe
Dos templos corroídos
Que essa força essa estranha
Reverbere mundo afora
E consuma todas as entranhas
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