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11.2.24

Poemorto (2)

Quando eu morrer, por favor

Preservem a cama que eu dormia

Deixem os óculos em cima da escrivaninha

Indiquem aos turistas fazer visitas à luz do dia


Quando eu morrer, por favor

Empalhem os animas de minha idolatria

Exponham todas as minhas alvissarias

Mostrem todos os caminhos de onde eu vinha


E não esqueçam de apagar os poemas do tempo da infancia

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