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21.11.14

Moradias



Moradias?

Parecem caixões sem alças, torrando solenemente ao sabor do sol
Um mato rasteiro sobressai frente as agruras da vida daqueles que terão que se sujeitar a viver num lugar tão inóspito

Moradias?

Quede a praça, os banquinhos, os balanços, a rebeldia?
Quede o cheiro verde, as árvores, a escola, a infância?

Os caixões perfilados, opacos, sem flores, silenciam o lugar insalubre
Mais parece um enterro coletivo de gente soterrada pela exclusão

Aqui jaz a dignidade humana


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