Moradias?
Parecem caixões
sem alças, torrando solenemente ao sabor do sol
Um mato rasteiro sobressai frente as agruras da vida daqueles
que terão que se sujeitar a viver num lugar tão inóspito
Moradias?
Quede a
praça, os banquinhos, os balanços, a rebeldia?
Quede o cheiro verde, as árvores, a escola, a infância?
Os caixões perfilados,
opacos, sem flores, silenciam o lugar insalubre
Mais parece
um enterro coletivo de gente soterrada pela exclusão
Aqui jaz a
dignidade humana
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