Essa lógica de mundo estorvo
Com essas bombas alimentadas pela fome
E essa concorrência desenfreada
Pegue esse pedaço de pão, tome!
Alimente esse corvo
Em qualquer praça do meio do mundo
Já disse que não sou Raimundo
Sou esse sujeito fétido, imundo
"Que escarra na boca que beija"
E meio torpe, desarmado
Canto as sesmarias
Em qualquer lote desafinado
Mas, olhe ao lado
Sem carro, sem pão, nem mesmo pássaro
Para dar comida ou ser passado
Vou rogando por mudança
Esperando que qualquer passeata acabrunhada
Leve-me para as asas da esperança
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