(Para Gabriel)
respiro este ar sufocante
minhas narinas não suportam mais
em greve não trabalham
renegam sua função
preferem asfixiar o corpo demente
do que encontrar respostas ao solene desejo
escuto canções, produzo tensões
procuro nas letras as respostas
mas não existem perguntas
minhas mãos não suportam mais
trabalhar com este coletivo
meus dias não suportam mais
o silêncio, sem bom dia
leio livros, produzo tensões
procuro nas letras as respostas
mas não existem perguntas
meus olhos não suportam mais
tantos desvios
meu corpo não suporta mais
tanta cobrança
o carteiro não veio
não escrevem ao coronel
mais cem dias
mais cem anos
mais um segundo de solidão
lá fora eventos, ventanias
pessoas opacas
outras não fedem, nem cheiram
e minhas narinas continuam em greve de fome
23.8.09
5.8.09
05 de agosto - aniversário da capital parahybana
Estive em quase todos os lugares do nordeste,
e só consegui me encontrar na Parahyba...
"Estive em todos os lugares do mundo,
e só consegui me encontrar em mim mesmo..."
Lennon
e só consegui me encontrar na Parahyba...
"Estive em todos os lugares do mundo,
e só consegui me encontrar em mim mesmo..."
Lennon
4.8.09
o sal do mar
O mar é fenomenal,
Cura os males
Da senhora que cata conchinhas
Extasia o casal, alheio aos transeuntes,
Que imita as ondas no vai-e-vem
Do doce amor ao pôr-do-sol
Denuncia a garota de calça jeans
E tênis, que corre louca em sua direção
Parecendo que será engolida pelas ondas
No mar não existe miséria
Basta apenas os miseráveis descobrirem isso
E destronarem os incautos delinquentes
Que teimam em dessalinizá-lo
Cura os males
Da senhora que cata conchinhas
Extasia o casal, alheio aos transeuntes,
Que imita as ondas no vai-e-vem
Do doce amor ao pôr-do-sol
Denuncia a garota de calça jeans
E tênis, que corre louca em sua direção
Parecendo que será engolida pelas ondas
No mar não existe miséria
Basta apenas os miseráveis descobrirem isso
E destronarem os incautos delinquentes
Que teimam em dessalinizá-lo
Subliminar
Ser subliminar ao extremo
É chorar a lágrima sem derramá-la
Ou simplesmente esperar a vastidão da noite
Para soluçar sem parar
É sentir a perda em silêncio
Lembrar da pessoa todo instante
E vislumbrar sua juventude
O fim devastador é insuportável
A pessoa frágil, sonhadora, magricela
Não teve tempo de se despedir
Semeou os campos da solidão com suas lágrimas
Eternas...
Prenúncio de uma alvorada
Prematura...
Ser subliminar, neste instante,
É não poder dizer adeus...
É chorar a lágrima sem derramá-la
Ou simplesmente esperar a vastidão da noite
Para soluçar sem parar
É sentir a perda em silêncio
Lembrar da pessoa todo instante
E vislumbrar sua juventude
O fim devastador é insuportável
A pessoa frágil, sonhadora, magricela
Não teve tempo de se despedir
Semeou os campos da solidão com suas lágrimas
Eternas...
Prenúncio de uma alvorada
Prematura...
Ser subliminar, neste instante,
É não poder dizer adeus...
2.8.09
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