Este cérebro me domina
Faz galanteios e depois me abomina
Controla meus pensamentos
Me faz surtar e depois reprime todos os acontecimentos
Este cérebro é o morcego de Augusto
Surge, do nada, todo instante, não me deixa dormir o sono justo
Este cérebro sou eu, vil
Imaculado desejo, introspectivo e pueril
Este cérebro quer me dizer o que fazer, limpar a casa, assear o chão
Dormir cedo, comprar o pão
Este cérebro nada mais é que o desejo de ser eterno, enquanto dure
Ser imoral, vaidoso, prepotente e que todo tempo jure
Mas ele sabe que é temporal
Pois ateu sem porta sabe que vai ter um destino imoral