30.8.11
22.8.11
21.8.11
Gerações
Entre tantas e poucas
Restaram-me mensagens telegráficas
Difíceis de entender
Terás que entrar em mim
e isso requer tempo,
desejo e paciência
Num conflito histórico
De gerações que se abraçam,
Beijam e adormecem sozinhas
Notícias
Trancou a porta batida de vento
Saiu sem rumo,
Procurando bancas
Jornais, revistas
Notícias alvissareiras
Que pudessem, ao menos,
Transformar sua vida
Encontrou cacos,
Pedintes, bolos de nata
E a manchete do domingo
Estampando o estopim
Do domingo oco
18.8.11
Vontade
Já não sei mais lidar com toda essa vontade
Com esse desejo insalubre de abrir outros horizontes nesta mata selvagem
Que mata seres de fome
Já não sei mais lidar com esse desejo
Sedento de matar a sede com copos vazios
Cheios de ar
Com esse desejo insalubre de abrir outros horizontes nesta mata selvagem
Que mata seres de fome
Já não sei mais lidar com esse desejo
Sedento de matar a sede com copos vazios
Cheios de ar
17.8.11
O rato
(Em homenagem a uma dor de cabeça intermitente ou Uma metáfora da dor alheia)
O rato roeu a minha inspiração
Roubou minha dose de desejo
E a vontade de morar numa nação
A minha inspiração roída
Feito carne moída
Triturada pela fome da África
Retorcida pela maldade da Europa e da América
Rica
Assolou minha capacidade de rabiscar
Escritos
De amolar as críticas
E libertar proscritos
E só...
Por enquanto.
O rato roeu a minha inspiração
Roubou minha dose de desejo
E a vontade de morar numa nação
A minha inspiração roída
Feito carne moída
Triturada pela fome da África
Retorcida pela maldade da Europa e da América
Rica
Assolou minha capacidade de rabiscar
Escritos
De amolar as críticas
E libertar proscritos
E só...
Por enquanto.
6.8.11
Che não está mais
Che não está mais no Congo
Enquanto isso uma mãe somali afaga um montículo de terra
Rega com suas lágrimas seu bebê enterrado pela fome
Junto com ele 29 mil crianças padeceram nos últimos três meses
Che não está mais na Bolívia
Em Puerto Quijarro uma mãe carrega seu filho, recém nascido
Segue para La Paz com a alma triste e consciente que só um milagre
Salva a criança da altitude arrogante de um sistema excludente
Fidel não presenteia mais um fuzil para o Salvador no Chile
Enquanto isso um conservador reedita as leis enterradas do sinistro Pinochet
E estudantes são presos e alvejados pelo iMPerialismo
De nova farda
Meu bebê dorme sereno, mas sigo madrugada afora
Regando desejos para poder mudar este quadro imperfeito
Enquanto isso uma mãe somali afaga um montículo de terra
Rega com suas lágrimas seu bebê enterrado pela fome
Junto com ele 29 mil crianças padeceram nos últimos três meses
Che não está mais na Bolívia
Em Puerto Quijarro uma mãe carrega seu filho, recém nascido
Segue para La Paz com a alma triste e consciente que só um milagre
Salva a criança da altitude arrogante de um sistema excludente
Fidel não presenteia mais um fuzil para o Salvador no Chile
Enquanto isso um conservador reedita as leis enterradas do sinistro Pinochet
E estudantes são presos e alvejados pelo iMPerialismo
De nova farda
Meu bebê dorme sereno, mas sigo madrugada afora
Regando desejos para poder mudar este quadro imperfeito
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