Nunca havia estado tão bêbado
Tão confuso das ideias
Estado de euforia
De choro
De medo
De alegria
De tristeza
Bebeu pelos sonhos quebrados
Pelas asas queimadas
Do Ícaro vencido
Bebeu pela vida
Pela morte
Pela esperança tão escassa
Bebeu a garrafa vazia
De alma lavada
Estava tão bêbado da fermentação política
Da ebulição dos fatos
Da erupção onírica
Que vagou sozinho pelos corredores da casa
Sem conseguir encontrar a si mesmo
Um comentário:
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