Minha inspiração poética é fruto do desprezo das paixões
São as cartas de amor que escrevi e logo tombaram nos tambores de lixo
Minha inspiração poética é fruto da febre do rato que roeu as cartas de amor
É a febre de 40 nos verões dos anos 90'
Minha inspiraçã poética é a melancolia do Drummond
É o homem que também chora do Gonzaga Júnior
É o drama do pequeno burguês da idade da razão do Jean-Paul Sartre
Minha inspiração poética é o ônibus que quase-me-atirei numa desilusão amorosa
É a placa de pare dizendo: não morra
É o cigarro que nunca fumei
É a canção que nunca escrevi
São os poemas que nunca foram lidos
E aguardam a crítica roedora dos ratos
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