Não tenho tempo para agruras
Nem para subjetividades
O menino pobre que puxa a carroça
Grita no meu pé de ouvido
Sigo descalço, humilde
Não sinto as trepidações do asfalto
Não sinto o cheiro ocre da latrina
Nem o gosto da miséria
O menino pobre que puxa a carroça
Vem puxar meu pé à noite
Não deixa que eu assista à minha série favorita
Sussurra que a vida não é ficção
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