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29.12.10

O sonho do Ernesto

Lendo o Gullar
Com toda minha gula
Resolvi denunciar

Numa cidadezinha
Do Curimataú
Mais de quarenta por cento
Não sabem ler nem escrever

São chamados analfabetos

Nesta mesma urbe
Um candidato inelegível
Logrou mais de quarenta por cento
dos votos

Barrado pela justiça
Quase vence pela injustiça
De ter o povo iletrado

São chamados votos de cabresto

Marcados pela ação deliberada
De manter o povo longe do sonho do Ernesto

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom Lauro, o "Sonho dos Ernestos" não se calaram enquanto pessoas como você existir. Um grande abraço amigo!

Fernando Cunha