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24.1.10

Cães Covardes

(à Mészaros pelo “ódio patológico” e pela “capacidade civilizatória”; à Manoel Gomes pelos “abutres”)

Cães covardes me perseguem
Farejam meus medos
Minhas provisões
Ignoram minha história
Cães covardes tão dóceis aos pés do dono
Dentes afiados, subservientes,
Querem meu sangue
Ódio patológico da liberdade
Cães covardes sem autonomia
Sem inteligência, sem vida própria
Amigos por conveniência
Ração é o que desejam
Cães covardes espalhados aos montes
Abutres em carniça,
Vermes comedores de carne podre
Mantedores da alienação,
Da opressão e do ódio
Cães covardes,
Sua capacidade civilizatória está esgotada
Mal sabem eles que transformo perseguição
Em desejo presente de continuar lutando

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